sexta-feira, 22 de março de 2013

O Plano

Então, acabada a enrolação inicial, vamos ao plano!



Pra quem está caindo de paraquedas, vou descrever aqui um plano de dieta que elaborei para seguir a partir do mês que vem. A ideia principal é, como em todas as dietas, chegar ao meu peso ideal e permanecer nele.   

Pra falar a verdade, eu nunca consegui com dieta nenhuma nem sequer chegar ao meu peso ideal, quanto mais permanecer nele. Mas o pior não é isso: é ganhar de volta em uma semana o que levei dois meses pra perder. Isso é extremamente irritante! Outra coisa que me enerva é o efeito platô. Se você se interessou em ler esse blog, provavelmente já sabe o que é isso, mas lá vai: é a mania escrota que nosso corpo tem de se habituar à restrição alimentar e parar de emagrecer, mesmo que se mantenha uma dieta super-rigorosa. 

Para evitar esses efeitos, em geral as dietas seguem uma das seguintes estratégias:

1) "Dieta regressiva" (nomenclatura by me haha):

A dieta começa muito restritiva, pra dar um boost inicial com grande perda de quilos e te empolgar a continuar seguindo (como é o caso da dieta dos 17 dias ou mesmo da Dukan). Também tem o benefício de desintoxicar o organismo e de teoricamente tornar as fases seguintes mais fáceis de seguir, já que cada vez se podem comer mais coisas, voltando gradativamente a uma dieta "normal", de manutenção, que deverá ser seguida pelo resto da vida.

2) "Dieta progressiva":

A dieta começa menos intensa e vai piorando conforme seu corpo se acostuma com a dieta que se vinha fazendo até então (como nas dietas tradicionais passadas por nutricionistas), o que teoricamente garante que você continue perdendo peso. 

Então eu estava muito indecisa quanto a que tipo de dieta seguir. O problema da estratégia nº 1 é que, por um lado, a fase mais eficiente (a primeira) é muito rigorosa e você não pode mantê-la por muito tempo, tendo que ir para a fase seguinte antes de chegar ao peso ideal; por outro lado, o corpo se acostuma muito rápido às restrições. Resultado: quando você muda para uma nova fase menos restritiva, o corpo simplesmente ignora que você ainda está comendo menos e melhor e continua no mesmo peso, isso se não aumentar! Foi o que aconteceu comigo na dieta dos 17 dias: o primeiro ciclo foi ótimo, perdi mais de 4 kg; depois, não teve absolutamente efeito nenhum - passei 17 dias à míngua para, no final, engordar 1 kg. Affão. 

Graficamente, a dieta regressiva segue uma trajetória mais ou menos assim (desenho toscamente feito por mim no Paint, haha):


Isso me faria apostar na dieta de tipo "progressivo", mas o problema, nesse caso, é que, depois de passar  um mês inteiro se controlando direitinho, você já está meio de saco cheio de fazer dieta, e se restringir ainda mais a partir daí é um grande sacrifício. Muito mais fácil começar arrochando, sabendo que as coisas só têm a melhorar - pelo menos pra mim é assim. Além disso, quando a dieta enfim acaba, seja porque se chegou ao peso ideal ou por falta de saco (meu caso, hehe), em geral há ganho de peso, mesmo que se faça uma dieta de manutenção, justamente porque se está passando de uma fase mais restritiva direto para a dieta menos rigorosa de todas. O gráfico fica assim:


Para tentar aproveitar os benefícios e evitar os problema de cada uma das estratégias, resolvi meio que juntar as duas, meio que não seguir nenhuma: minha ideia é que a dieta comece menos intensa e, com o passar do tempo, fique mais restritiva, até chegar a um ápice - que é quando pretendo chegar ao meu peso ideal -; a partir daí, a dieta vai se tornando gradativamente menos proibitiva, até chegar à fase final de dieta de manutenção. Então, a dieta segue a forma de uma parábola:


Além disso, a ideia é que, quanto mais restritiva seja a fase, menos tempo ela dure, de forma que eu aguente a restrição. Igualmente, as fases menos intensas serão mais longas, até porque demoram mais a surtir efeito. Outro detalhe é que, antes da dieta e logo após dias de exceção (comentarei sobre depois), vou instituir uma "Fase 0" (zero), de desintoxicação rápida. Ao final, vem a "Fase " (infinito), que nada mais é que uma dieta de manutenção a ser seguida indefinidamente. 

Com isso, pretendo unir o boost inicial e desintoxicante da estratégia nº 1 - mas por pouquíssimo tempo, de modo a não atrapalhar a dieta em si - com a progressão antiplatô da dieta nº 2. Depois, volto com a dieta "regressiva" da estratégia nº 1, para que a volta a um regime alimentar normal seja gradativa e assim se evite o ganho de peso gerado pelo choque de dietas. Então, a trajetória seria algo como: 

Fase 0->Fase 1->Fase 2->Fase 3->Fase 4->Fase 5->Fase 4->Fase 3->Fase 2->Fase 1->Fase 

No gráfico:



Quanto às fases em si, eu explicarei cada uma em outros posts, para não ficar grande demais. Mas as regras gerais são as seguintes:

1) A dieta começa com uma fase menos rigorosa e de perda de peso mais lenta (Fase 1) e começa a progredir para fases mais restritivas, de perda de peso rápida.

2) A quantidade de fases vai depender de como a dieta está progredindo: eu só vou partir para a Fase 2 quando a Fase 1 parar de surtir efeito. 
  Eu considero que uma dieta para de surtir efeito quando o tempo necessário para perder 1kg se repete 3 vezes sem que eu tenha perdido pelo menos 500g. Por exemplo: se, na Fase 1, é suposto perder 1 kg por semana, eu tenho que ir para a Fase 2 quando se passarem 3 semanas sem que tenha perdido nem 500g. Muito confuso? hehe Enfim, esse é um critério totalmente arbitrário, mas acho razoável.
     
3) A dieta se inverte quando o peso ideal é alcançado: se isso aconteceu na Fase 4, em vez de pular para a Fase , vou refazer as fases 3, 2 e 1, a fim de consolidar o peso ideal.
   A ideia é que o tempo para a consolidação do peso seja próximo ao tempo que se levou para chegar a ele. Então, se levei 1 semana na Fase 3, 2 semanas na Fase 2 e 3 semanas na Fase 1, vou levar mais 6 (3+2+1) semanas consolidando o peso. O tempo que passei nessas fases sem perder peso nenhum pode ser excluído. Por exemplo: fiquei 5 semanas na Fase 1, mas só perdi peso realmente nas duas primeiras. No período de consolidação, só preciso refazer a Fase 1 durante 2 semanas.
   Além disso, restrição tem limite. Se eu chegar, sei lá, à fase 1000, de jejum absoluto (haha, tô brincando, isso não está previsto), e ainda assim não chegar ao peso que quero, paciência: eu considero que aquele peso que atingi é o meu peso mínimo e tento me estabelecer nele, fazendo a dieta regressiva como se houvesse chegado ao peso ideal.

4) Cada fase deve compreender tipos de dieta diferentes e não apenas maiores restrições dentro de uma mesma dieta.
     Eu ainda não decidi como serão todas as fases, apenas as três primeiras. Quanto às demais, tenho  só uma noção do que devam ser, mas a ideia geral é dar uma boa balançada na dieta, para que o corpo tenha que se readaptar, e não apenas restringir mais, ou seja: em vez de simplesmente passar de uma dieta de 1500 kcal para uma de 1300 kcal diárias, vou passar para uma dieta de açúcar zero ou low carb. Isso aí  pretendo ver mais para a frente, até porque o objetivo do blog é ir acompanhando a dieta conforme eu faço. Só estou colocando esses posts prévios porque é preciso estabelecer as regras básicas e, também, para que quem leia e se interesse saiba o que estou fazendo e possa opinar.


Ufa, acabou! haha No próximo post devo falar sobre a fase 0. Fiquem ligados, amigos imaginários que leram até aqui! :)





3 comentários:

  1. Então, eu faço isso, viu, de quando a coisa começa a empacar, fazer uns dias de low carb. Funciona bem, fiquei 3 semanas perdendo menos de 200g, e depois de 4 dias assim voltei a perder em torno de 1kg por semana. Ainda estou nessa fase boa, hahaha, já faz 1 mês.

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    1. Heheh que sorte! Minha fase boa dura bem pouco e não costuma voltar. Foi o pessoal lá do site que aconselhou os dias low carb ou você que decidiu fazer?

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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